Ao divulgar o balanço das atividades do primeiro semestre do legislativo, o presidente da Câmara Municipal de Mangaratiba informou que foram realizadas 1.108 “atividades legislativas”, incluindo pareceres, indicações, moções, portarias, requerimentos, etc. O que, a princípio, parece um número significativo, na verdade não resiste a uma análise um pouco mais atenta, senão vejamos. Foram 301 portarias. Portarias são atos administrativos de nomeação, exoneração, autorização de viagens, decretação de ponto facultativo, concessão de férias, etc., ou seja, simples burocracia. 204 indicações. Indicações são “recomendações” dos vereadores ao executivo sugerindo à prefeitura a necessidade de realizar essa ou aquela obra. Quase sempre o poder executivo simplesmente ignora essas indicações, preferindo seguir sua própria programação de trabalho. 264 moções. Moções são propostas dos vereadores feitas para homenagear pessoas, datas ou dar nome a ruas. Só esses três quesitos significaram mais de setecentos e setenta dessas “atividades legislativas”. O que realmente interessa saber é: quantas leis foram discutidas e aprovadas? Pelo balanço divulgado, foram 28 leis apenas. Mesmo assim, quantas efetivamente entraram em vigor? Não sabemos.
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