sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O motivo


A história acima veio a propósito de outra, ocorrida em Itacuruçá no último final de semana. Estando na serra do piloto, um amigo do blog pescou duas tilápias de mais ou menos dois quilos cada uma. Uma um pouco menor que a outra. Decidiu trazê-las, para os amigos provarem a diferença de sabor entre os peixes do mar e os de água doce. Ao chegar ao distrito, entregou-as a um amigo, que se comprometeu a prepará-las e levar ao bar no dia seguinte. Domingo, por volta do meio-dia, mais de dez pessoas aguardavam a chegada do petisco, ouvindo as histórias entusiasmadas daquele que pescou as tilápias. O relógio correu, a fome aumentou, as certezas quanto ao que dizia o nosso amigo aos poucos passaram a ser consideradas “histórias de pescador”, e as tilápias não apareceram, nem o pretenso cozinheiro. Não apareceu no domingo, nem na segunda, nem terça, nem quarta. Ontem eis que surge ele no bar, sem as tilápias, claro. Contou que na noite de sábado, como ainda ia visitar parentes, pediu a um comerciante que as guardasse. Quando voltou no dia seguinte para buscá-las, soube que o comerciante levou os peixes para casa prá não dar cheiro nas bebidas da geladeira. Como o sujeito mora longe e eram “só” dois peixinhos, deixou pra lá. Nos cálculos da turma, alguma família almoçou, domingo, filé de tilápia.

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