Defender a preservação do meio-ambiente não se limita a garantir qualidade de vida para as futuras gerações. É, sobretudo, tornar verdade a afirmação que nós, humanos, somos “animais racionais” e, nessa medida, é nosso dever moral assegurar a existência de todas as demais espécies ditas “irracionais”, especialmente garantindo que nossas intervenções na natureza não signifiquem o fim de outras espécies. Por exemplo, quem olha o esplendor da serra do mar, fazendo moldura para o município, muitas vezes sequer imagina que lá naquela mata vive uma das espécies mais ameaçadas de extinção, o macaco mono-carvoeiro. Abaixo, um pouco do que se sabe sobre a espécie.
“Quando se fala em Muriqui muitas pessoas imediatamente lembram o distrito vizinho. No entanto, o Muriqui original, e que deu nome ao distrito, refere-se ao maior primata das Américas. A espécie, pouco conhecida, está em extinção e conta com apenas 1.300 macacos na natureza. Para tentar aumentar a preservação e popularizar o animal, o Instituto Estadual do Ambiente, Secretaria do Ambiente e a EBX lançaram, em outubro de 2011, uma campanha para que o macaco seja mascote dos Jogos Olímpicos de 2016. O mono-carvoeiro, ou muriqui, é um primata só encontrado na Mata Atlântica. Suas populações se encontram ameaçadas pela destruição e fragmentação do habitat e também pela atividade de caça. É o maior primata do continente americano. Os machos podem atingir até 15 kg. A área de distribuição original do mono-carvoeiro se estendia do sul da Bahia até São Paulo, incluindo os estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com possibilidades de ocorrência de algumas populações no norte do Paraná. A espécie ocupa hoje matas densas da região costeira (o nosso caso). O Muriqui é ágil, por isso é capaz de conseguir frutas até mesmo no final das ramas. Eles podem balançar com rapidez pelas árvores, percorrendo até 12m com apenas um braço. Movem-se ao redor das florestas, sozinhos ou em grupos de até 20 indivíduos, que se separam poucas horas depois. A Comissão de Sobrevivência de Espécies da União Mundial para a Natureza (UICN), afirma que o Muriqui está entre as 25 espécies mais ameaçadas no mundo. Os antigos “mateiros” daqui do município afirmam que, há cinquenta anos, nas nossas matas, a população dessa espécie era bastante significativa e que provavelmente ainda há muitos deles nas áreas de mata fechada, lá no alto do morro. Segundo estudos realizados sobre seu comportamento, os Muriquis têm uma sociedade caracterizada pela harmonia, ou seja, não há disputa pelo poder e nem por parceiros. A palavra muriqui significa gente tranquila, na língua tupi.”
Matéria: Professor lauro
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