terça-feira, 9 de julho de 2013

Não é de hoje

Em 23/10/2010, às 18h45, a sra. Tatiane Rodrigues assim denunciava, através da internet, um caso ocorrido em Mangaratiba: “A morte suspeita de um bebê de três meses, na semana passada, assustou os moradores de Mangaratiba. Samira de Oliveira foi internada duas vezes no Hospital Victor de Souza Breves por problemas respiratórios. A família da vítima alega que a menina morreu por overdose de medicação. Após a denúncia, o caso virou inquérito policial na 165ª Delegacia de Polícia. A menina foi internada na manhã do dia 16 apresentando problemas respiratórios. Após ser medicada, ela foi liberada pelos médicos em estado regular, para continuar em observação em casa. Porém, na madrugada do dia seguinte, a menina retornou à unidade e morreu horas depois. O pai, Alexandre Gomes, de 27 anos, afirma que a filha foi vítima de overdose de medicamentos. Eles nem sabiam a causa do problema da respiração dela e saíram dando remédios. Tentaram resolver o problema, mas mataram a minha filha – desabafou Alexandre. A prefeitura de Mangaratiba e a direção do Hospital Victor de Souza Breves declararam que não são responsáveis pela morte de Samira. Além do caso de erro médico, a família da menina alega que o hospital teria enviado o corpo de Samira para um cemitério da cidade antes da emissão do atestado de óbito e sem a autorização dos responsáveis. Em um momento de desespero, Alexandre disse ter tirado o corpo da filha de dentro do caixão e o levado de volta ao hospital. Assim que ela morreu mandaram logo para enterrar, porque sabiam que tinham errado. Por isso, quero que seja feita a autópsia. Deram muito remédio para a minha filha e ela morreu. Eles sabem que estão errados – afirmou Alexandre. Samira melhorou na noite de sábado e voltou com os pais para casa, no Morro Santo Antônio. Mas o bebê teve uma recaída e, por volta da 1h30min de domingo, foi levada novamente para o hospital. Todos sabem que aquele hospital é uma bagunça, e ninguém dá jeito. Tanto que, assim que ela chegou muito mal no domingo pediram os documentos para interná-la, mas ela não foi internada. Ficou numa sala e deram mais e mais remédios – contou Alexandre. Alexandre contou que um funcionário do hospital disse que a prefeitura pagaria o enterro, e pediu que ele buscasse os documentos do bebê. Quando voltou para o hospital, o corpo já tinha sido levado para o cemitério da Praia do Saco, segundo ele. Não tinha nem atestado e não me consultaram. Fui ao cemitério, peguei o corpo da minha filha e levei de volta para o hospital. Depois fui para a delegacia contar o que aconteceu. A assessoria de comunicação da prefeitura de Mangaratiba negou que o corpo do bebê tenha sido levado para o cemitério sem a autorização dos familiares. De acordo com a assessoria, o governo municipal comprometeu-se a pagar o velório, porque a família de Samira declarou que não tinha condições financeiras. O pai da menina negou ter pedido qualquer ajuda à prefeitura. O corpo de Samira foi enviado para o Instituto Médico Legal (IML), onde será realizada a autópsia para investigar a causa da morte da criança. Na declaração de óbito fornecida aos pais de Samira, consta que ela morreu vítima de insuficiência respiratória. O resultado do exame foi prometido para ser entregue em uma semana.”

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