Realidade

O período é de férias escolares, ocasião propícia para se pensar (ou repensar) alguns aspectos do sistema educacional à disposição dos jovens do nosso município. A respeito do assunto, assim se manifesta uma professora: “Trabalho atualmente no Colégio Estadual Montebello Bondim, em Muriqui. Toda a equipe educacional tem buscado desenvolver um trabalho sério e consciente para a sociedade, porém há vários anos o colégio vem enfrentando um problema sério, que compromete o desenvolvimento de um bom trabalho. Em dias de chuva, todo o andar superior, onde ficam oito salas, fica alagado. A água escorre do teto pelas paredes e portas. Quem colocar a mão numa das portas pode levar um choque elétrico, pois o prédio foi construído com placas pré-moldadas e a fiação elétrica fica embutida em canaletas de metal entre as placas. Somente neste ano de 2013 já foram mais de vinte dias de aulas perdidos. Nossas únicas opções são: se a chuva diminui, toda a equipe, munidos de rodos e vassouras, tiram a água das salas para que as aulas possam acontecer. De a chuva não para, as aulas precisam ser suspensas, por questões de segurança. A direção da escola já enviou inúmeras solicitações para os órgãos competentes mas, até agora, nada foi feito. Observe-se que o problema existe desde 2005. Além disso, o colégio não possui quadra para aulas de educação física, usando, nesse caso, a quadra do Iate Clube a três quarteirões de distância. Não possui pátio, nem auditório, para a realização de atividades coletivas com os alunos. Mais ainda. As salas de aula não puderam ser climatizadas porque a fiação elétrica não suportaria a carga. No verão, alunos e professores precisam aguentar quatro horas de intenso calor, ambiente absolutamente impróprio ao ensino e à aprendizagem. Infraestrutura minimamente adequada a uma instituição de ensino é um dos pilares para uma verdadeira educação de qualidade. Será que o governo do estado do Rio não acredita nisso?” (Desabafo da professora Cristiane Fiorotti numa rede social)