quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Notas do dia


- Além do número excessivo de veículos, a falta de repressão aos “paredões de som” também foi uma das principais causas do bloqueio dos acessos ao distrito. Seis automóveis com esses equipamentos estacionaram justamente na esquina da avenida Décio Nogueira com avenida Itaguaí atraindo mais de duas mil pessoas para o local. Em pouco tempo, a multidão ocupou toda a rua Nair se estendendo até a rua Evelina. Assim, os dois únicos acessos ao distrito ficaram totalmente fechados entre duas da tarde e nove da noite.
- Com dificuldades para chegar ao Posto de Saúde, uma senhora recorreu à Polícia Militar no sentido de socorrer uma parente que passava mal em casa. Os policiais atenderam à ocorrência, colocaram a paciente na viatura e tentaram chegar ao PS com sirene aberta. Não conseguiram atravessar a multidão e ela faleceu dentro da viatura, no meio do engarrafamento. Em outro momento, a ambulância do corpo de bombeiros também não conseguiu passar pela barreira humana.
- Eram cinco, os principais pontos de encontro dos funkeiros, todos agindo do mesmo modo. Eles escolhem uma esquina de cruzamento de ruas e ocupam os quatro cantos. Os automóveis com aparelhagem de som ficam com os porta-malas abertos voltados para o centro. Assim, ocuparam a esquina das ruas Nair com a Itaguaí, a pracinha perto da passagem de nível, a esquina da rua Evelina com Orlandina, a praça da igreja e a esquina da rua de aceso à capitania.
- O funk dos “paredões de som” obrigou a transferência do ponto final dos ônibus para as proximidades do viaduto. Assim, quem veio à praia de transporte público teve de andar cerca de quatro quilômetros na hora da volta para casa.
- Um completo “idiota”, querendo aparecer no meio da multidão de “funkeiros”, escalou um poste na esquina da rua Orlandina e se pendurou nos fios da rede elétrica. Perguntado sobre o motivo da “façanha”, respondeu que era para um amigo filmar e postar no Youtube. A lógica diz que, se recebesse uma descarga elétrica fatal, certamente seu vídeo teria alguns milhões de acessos.
- No meio da multidão de “funkeiros”, foi notada a presença de um dos chefões de milícia em Campo Grande, acompanhado por cerca de vinte “auxiliares”, todos armados.
- Atendendo ao pedido de moradores e comerciantes, uma viatura da Polícia Militar foi à praça próximo à passagem de nível com o objetivo de conter os abusos dos funkeiros. Mal desceram do veículo a multidão começou a gritar “vamos quebrar… vamos quebrar”. Sentindo a ameaça e sendo apenas dois policiais, eles preferiram ir embora.
- Os absurdos do estacionamento irregular chegaram ao ponto de o motorista do veículo da foto abaixo pará-lo no meio da rua, trancá-lo e desaparecer. Só voltou quase uma hora depois.

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