sábado, 22 de setembro de 2012

Eminência parda

Na contramão da oportunidade bem aproveitada, o Sr. Luiz Vieira diz que o termo “eminência parda” teria sido infeliz. Tivesse ele buscado a origem histórica da expressão consideraria, até mesmo, um elogio. Senão vejamos. Conta-se que durante o reinado de Luis XIII (1610-1643), o Cardeal Richelieu fazia e desfazia em Paris. Vestido com o tradicional hábito púrpura era conhecido como Eminence Rouge por causa de sua batina vermelha. François Leclerc, ex-marquês de Tremblay, que fazia parte da Ordem dos Capuchinhos com o nome de Frei José, tornou-se o secretário, conselheiro e confidente do Cardeal Richelieu. Richelieu exercia influência direta sobre o rei, mas ele próprio era influenciado pelo Frei José e isso fez dele uma das pessoas mais poderosas da França, apesar de não possuir cargo oficial. Pela importância que tinha e pelo hábito cinzento que vestia, passou a ser conhecido como Eminence Grise (eminência cinzenta, daí eminência parda). Na política, a expressão “Eminência Parda” significa a pessoa que, atuando nos bastidores tem força suficiente para influenciar de forma direta as decisões dos que estão no poder. Em outras palavras, tendo trabalhado e sido reconhecido pelos prefeitos com quem trabalhou como um excelente colaborador e executor de tarefas e missões confiadas, o agora candidato Madeira ou foi uma positiva “eminência parda” em vários governos municipais ou foi, apenas, um “pau mandado”. (NR. Antes que surjam interpretações equivocadas, a expressão significa: Pessoa que faz tudo que os outros mandam. Indivíduo excessivamente obediente, que faz tudo que lhe pedem.)
 

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