domingo, 30 de setembro de 2012

Análise política

Sete dias nos separam das eleições municipais. Neste fim se semana entramos na fase final das campanhas, com a realização de comícios e carreatas. A última semana também registrou um aumento dos ataques à candidata que lidera, com folga, as intenções de voto. Será que essa estratégia provocaria o efeito desejado e inverteria o jogo? Será que o eleitor mudaria de um polo para o outro por conta desses ataques? Segundo os estudiosos da ciência política, existem fortes controvérsias sobre o efeito da propaganda negativa como ferramenta de estratégia eleitoral. A literatura especializada encontrou três tipos de efeito que devem ser considerados: Efeito Bumerangue, quando a publicidade negativa produz um efeito de rebote, isto é, gera um sentimento de repulsa em relação ao autor dos ataques, não em relação ao alvo. Síndrome da Vítima, quando os eleitores percebem os anúncios como injustos exagerados e desonestos. Nesse segundo caso, o eleitor desenvolve sentimentos positivos em relação ao alvo dos ataques, gerando simpatia e intenção de voto para ele. Duplo Impacto, que ocorre quando a propaganda negativa invoca, no eleitorado, sentimentos negativos tanto em relação ao autor quanto em relação ao alvo dos ataques, prejudicando simultaneamente aos dois. Essa terceira possibilidade costuma beneficiar um eventual terceiro nome. Considerando as reações percebidas nas ruas, nos últimos dias, o efeito bumerangue, aquele que faz o feitiço se voltar contra o feiticeiro, é o mais provável que aconteça aqui em Mangaratiba. Candidatos não atacam adversários por esporte, atacam quando realmente precisam. Mas como evitar o dano colateral em atacar uma candidata que tem como principais vantagens o carisma pessoal e a popularidade dela e do marido, o prefeito Charlinho?
 

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