No BarraShopping, um menino circulava curioso. Sua presença ali não costuma ser admitida pelos seguranças do shopping. Negro, pobre, vestido com as roupas possíveis, costuma ser “convidado a se retirar” como se estivesse pronto a cometer um crime. Por um ‘descuido’, foi admitido ontem por alguns minutos. Passou algum tempo no iPad, tocando a tela com um brilho nos olhos, e depois encontrou o X-Box, ligado para atrair compradores. Não demorou a entender o mecanismo. Logo estava jogando golfe contra o computador. E vencendo. Saiu dali para o ponto de ônibus. Era o golfista que possivelmente não teremos. E, principalmente, o cidadão que estamos perdendo. (Fonte: coluna do Ancelmo Góis em “O Globo”)
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