Quem não o trocaria seu carro e a conta bancária,
E a casa, e o barco, e o seguro de vida e a televisão
Para ser o que sou, que de nada sou proprietária
Mas sou artista e, alem disso, tenho este coração.
Um dia, decidi-me pela bondade e pela beleza,
E tudo veio a mim de toda parte…
Não é difícil compreender-me a natureza
Eu tenho amigos, tenho livros, tenho arte.
Eu tenho tudo e nunca nada vai faltar,
Pois eu tenho fé e perdão e esperança.
Eu tenho uma bela janela na qual debruçar
O coração ardendo de amor pelas crianças…
Eu amo os índios, os pássaros, as flores.
Eu amo tudo e a todos. Os vales e as vinhas…
E, minha vida luminosa e sempre rica em cores.
Assim sendo, todas as coisas que amo são minhas.
Aurea Domenech nasceu no Rio de Janeiro em 1956. Além de poeta, é artista plástica, tradutora e advogada. Participou de algumas exposições pelo mundo, tais como na P.T.A Art Galery em Winnetka. Em 1989, publicou o elogiado O Pescador de Sombras e prepara mais um livro para este ano. (do blog do Noblat).
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