Todos lembramos, no tempo de escola, daquele aluno que, sistematicamente, quando faltavam dois ou três minutos para o fim da aula, levantava o dedo para fazer perguntas longas e complicadas que, via de regra, retinha toda a turma em sala muito além do sinal da campainha. Pois esse personagem não deixou de comparecer à audiência da MMX. Uma hora da madrugada, ele era o último inscrito para fazer perguntas. Munido de várias folhas, questionou o representante da empresa sobre qual o tamanho do cais? (insistiu quatro vezes, até receber a resposta) Respondida a pergunta, voltou a questionar: e qual o ângulo entre o cais existente e o novo? Como assim ângulo? A mesa lhe solicitou que fizesse uma pergunta direta. Andando de um lado ao outro, microfone na mão, como se fora um tribuno romano diante do Sinédrio, ele insistia. Qual o ângulo de abertura entre um cais e o outro? O representante da empresa capitulou, dizendo não dispor da informação naquele momento. Com ar de vitorioso, ele assegurou: este projeto está errado. Eu já fui colega de vocês e afirmo que está errado. Deve ter ido dormir com a certeza que o Eike Baptista passará noites insones, tentando descobrir onde está esse erro.
Matéria: Professor lauro
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