domingo, 20 de maio de 2012

E o futuro?

Dizia um sábio chinês que a semente do futuro está no presente (não se sabe o porquê, mas sábios chineses sempre tem grande credibilidade). Nesse caso, não é preciso nem ser chinês nem ser sábio para concordar. Os únicos que parecem não acreditar nisso são os políticos. São poucos os que pensam além das próximas eleições, muito menos nas próximas gerações. Aqui no município nos últimos quarenta anos, não crescemos, não desenvolvemos, ao contrário, em muitos aspectos “andamos para trás”. Perdemos a terceira posição de destino turístico do estado (hoje somos o 27º.); perdemos grande parte dos “veranistas” permanentes; perdemos a economia da pesca e da produção de bananas; perdemos o encanto das festas tradicionais de São Pedro e Santana; perdemos a inocência dos carnavais de família. E o que ganhamos? Ganhamos praias impróprias para o banho; ganhamos insegurança nas festas tradicionais; ganhamos inúmeras kitnets de 9 metros quadrados para abrigar 20 pessoas; ganhamos a invasão de “turistas de um dia” que nada gastam na cidade e ainda criam problemas; ganhamos córregos apodrecidos; ganhamos cadeados nos portões e grades nas janelas. Os últimos sete anos não deixam dúvidas, ninguém pensou no futuro. A continuar assim, é fácil prever que, em pouco tempo, a Itacuruçá, que já foi cenário de novelas e filmes, destino turístico inesquecível, para brasileiros e estrangeiros, local das melhores memórias de vida de muitas gerações, não passará de uma cidade-dormitório das empresas do porto de Itaguaí, com os mesmos problemas das áreas mais carentes da periferia do Rio de Janeiro.

Matéria: Professor lauro

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