terça-feira, 6 de março de 2012

Tempo de despertar - Nota de segunda

Sarita, Regina, Glorinha e Ângela, são quatro senhoras, como diziam os escritores do século passado, “entradas em anos”. A mais nova já passou das cinquenta primaveras faz um tempinho. Quando adolescentes, passavam férias em Itacuruçá. Depois, cada uma seguiu seu caminho na vida. Nesse último final de semana, as quatro estiveram aqui, juntas, em busca do “reviver”. Ficaram pouco mais de vinte e quatro horas na cidade. Foram, literalmente, atropeladas pelo tsunami das emoções oriundas das reminiscências de um tempo em que nossa cidade era uma espécie de “paraíso perdido”. Foram embora no domingo, felizes pelos momentos vividos, mas, tristes pela realidade que encontraram. Cadê a praça da estação? Perguntou uma. O que são aquelas construções subindo morro acima? Indagou a outra. Onde está o mangue? Notou a terceira. Vendo da ilha, Itacuruçá está parecendo uma favela. Observou a quarta visitante. As quatro foram embora, com a certeza de que a paisagem maravilhosa continua a mesma, mas a Itacuruçá de suas adolescências está muito maltratada. A única conclusão possível é, como dizem os pensadores, que políticos de ocasião pensam “na próxima eleição”, enquanto políticos de verdade pensam “na próxima geração”. Há mais de três décadas ninguém pensa a Itacuruçá do futuro. Vamos vivendo a vida na base do “deixa a vida me levar”.


Matéria: Professor lauro

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